Embutidos versus Câncer
Desde o começo dessa semana vem rolando uma grande polêmica sobre os embutidos e o aumento do risco de desenvolvimento de câncer, principalmente o colorretal.
A notícia alarmou a população e a discussão saiu das casas, ganhou as ruas e chegou até os meus ouvidos. A dúvida geral gira em torno do porquê e do que fazer a respeito.
Para que mais pessoas recebam a devida orientação decidi escrever esse breve post para esclarecer alguns pontos.
Para começar vamos entender o que são os embutidos. Os alimentos embutidos são produtos que são a partir de tripas de animais ou sintéticas preenchidas com carnes ou outras partes do animal após serem moídos, onde são adicionados temperos e aditivos como, conservantes, acidulantes, estabilizantes, entre outros.
Acontece, que principalmente nas carnes embutidas, são adicionados os chamados sais de nitrito e nitrato. Eles atuam como conservantes – aumentando o prazo de validade do produto –, antioxidantes das gorduras presentes no alimento, garantem as características como sabor, aroma e textura, e realçam a cor – que por vezes não é natural, mas da aquela carinha saudável e apetitosa. Vocês sabem do que estou falando, certo?
O real problema é que além de realizarem todas essas maravilhas pelo produto, o nitrito e o nitrato, em nosso organismo são convertidos em substâncias tóxicas. E são elas que garantem aos embutidos a participação no grupo de alimentos “provavelmente cancerígenos", segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Então você quer dizer que lingüiça, salame, presunto, bacon, salsicha, peito de peru, mortadela e todos os outros, nunca mais?
Calma!
Esse ano o Ministério da Saúde divulgou o Guia Alimentar para a População Brasileira atualizado e a primeira recomendação é fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. Dentre eles estão listados todos os tipos de grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes.
E curiosamente os embutidos não se encaixam nesse grupo. Portanto, excluí-los da sua alimentação é o recomendado.
Mas, talvez seja radical demais para você, então reduza a quantidade e a freqüência com que os consome, lembrando porem que é melhor não consumí-los.